Tuesday, December 04, 2012

"Este País Não É Para Velhos" (impressões pessoais)


TEXAS. Quando ouço esta palavra, logo me lembro de tiroteios, desordem, crime, armas com fartura...tudo o que dá um bom argumento para um romance ou um filme policial.

Pois bem, esta obra é ao mesmo tempo um romance policial e um argumento para um filme de acção. Mais a segunda hipotese do que a primeira, atendendo à forma como está escrita.

Esta colecção de livros que surgiu há tempos com a "Visão " era mesmo para isso, para se ler e ver o filme logo de seguida. Tenho a impressão de que isto não foram livros adptados a filmes mas sim filmes adpatados a livros.

Isto que acabo de ler é um argumento em bruto. Está escrito de uma forma pouco cuidada para uma obra literária e, pelo que me lembro das longínquas aulas de Guionismo que tive, um argumento deve ser escrito assim mesmo.

Outra característica que deve ter um argumento para ser realmente bom e ser capaz de ser interpretado e realizado por vários realizadores é a componente descritiva que tem. É a capacidade de fazer com que o leitor leia o que está escrito e seja imediatamente transportado para o teatro da acção. O meu professor de Guionismo disse-me que eu era muito boa a fazer isso e é assim que deve ser. Ainda não desisti de vir um dia a escrever guiões ou argumentos. Para já, avivo a memória de como eles são feitos lendo este.

Sobre o desenrolar da história propriamente dita, não gostei particularmente do seu desfecho porque o indivíduo que achou a mala acaba por ser morto e há a incapacidade do polícia que é o protagonista de apanhar o vilão que escapa impune e com o dinheiro depois de ter morto quem se atravessava no seu caminho.

Dá a sensação de que o crime compensa mas também se pode ver esta história sob o prisma de que nem tudo cai do Céu e que o dinheiro que advém de actividade criminosa atrai desgraça, violência e morte.

Tenho mais uns livrinhos desta colecção para ler mas agora trouxe de casa a obra "Jim O Sortudo" de Kingsley Amis que não sei se será alguma coisa ao Martin Amis que escreveu outra obra que li há uns tempos que se cnhamava "Money".

No comments: